1. |
cotovelo
01:09
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tem dias que nada é diferente
e eu sigo aqui pecando sem saber
de pés descalços e coração na mão
eu peço arrego de qualquer sentimento
me fale como pode tanta gente
falar pelos cotovelos
talvez seja muita confiança em si
ou segurança de menos
cuida pra não deslizar
meça o teu caminhar
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2. |
foi deu que me deus
01:34
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há promessas pra vender e desvendar
cabeças pra crescer e dissipar
num céu que nasce e morre num só lugar
um vento que corta mil vidas
há um coração maior que reina
em terra firme o fogo queima
tão claro como o sol abençoa
messias com final e começo
lutai por nós, que a salvação não vem de cima
olha pra nós e só assim fenecerá o mal que assombra
e ninguém mais vai ter que acreditar num deus
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3. |
clara e salgada
02:18
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pra que secar os olhos? não há nada pra esconder
a gente nunca sabe como ficamos de pé
pra que fechar os olhos se nada é banal?
eu mudo o cenário, invento e troco da canal
e espero o dia em que eu possa olhar fundo
além da superfície de cada vagabundo
a vida é uma faca que corta sem ter dó
e eu finjo que o tempo passa depressa quando só
eu quase não me importava, eu tinha dezesseis
quase já não lembro a sensação
sinceramente eu devo tá ficando bem louco
caio no choro e esperneio por muito pouco
sempre penso em me valer das coisas que ainda não conheci
e, cabisbaixo apaixonado, eu encaro o chão e acredito no amor
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4. |
carece
01:44
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parece demais
parece demais o que se diz
parece que o tempo parecia mais fácil de se lidar com
carências demais
carícias que não podem passar
carece demais e é claro na cara a tapa a coragem diária
se a gente se perder
promete caminhar
pra onde haja sentido estar
padece demais
a vida que tudo deixa passar
conhece de perto o que falam nos bares sobre o amor
olhando pra trás parece possível imaginar
quem espero que me responda
abre o sorriso e vem me ver
se a gente se entender
promete me levar pra onde haja sentido
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5. |
propaganda
01:34
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a única certeza é a propaganda
a única vontade é (de) se esconder
pra não escorregar nesse lamaçal de tédio
pra não deixar tudo morrer
eu vejo milhares de rostos nus
à luz do metrô de são paulo
e as paredes gritam em letras garrafais
e pisca e pula e fode a retina
a música que toca é sempre a mesma
mas quem sou eu pra julgar?
eu não entendo esse regime
toda cilada já se vestiu de ótima ideia
e apareceu sem ocê pedir
caio ingênuo, alvo de chacota
invade a alma
os olhos deixam entrar
e atinge lá no fundo a maldade que eu não vi
quero me exilar
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